Câmara Aprova 'Lei Larissa Manoela' para Restringir Acesso dos Pais ao Dinheiro dos Filhos
Caso aprovada no Senado, a nova legislação poderá alterar as regras sobre a administração de bens de crianças e adolescentes, impondo maior fiscalização e controle sobre os responsáveis legais
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (25), o projeto de lei conhecido como "Lei Larissa Manoela", inspirado na história da atriz. A proposta agora segue para votação no Senado.
O projeto define abusos cometidos por pais na gestão financeira dos filhos menores e permite que a Justiça imponha limites ao uso desses recursos para proteger os interesses de crianças e adolescentes. A iniciativa surgiu após Larissa Manoela revelar, em entrevista ao Fantástico, que abriu mão de R$ 18 milhões para evitar uma disputa judicial com seus pais, que administravam sua carreira e patrimônio. Protocolado na Câmara em agosto de 2023, um dia depois da história da atriz se tornar pública, o projeto visa evitar que outros jovens enfrentem situações semelhantes e garantir maior proteção ao patrimônio de menores de idade.
A trajetória de Larissa Manoela, que começou a trabalhar aos quatro anos e acumula 18 anos de carreira, trouxe à tona uma discussão sobre a administração financeira dos bens de menores de idade. A atriz revelou que possuía apenas 2% da empresa criada por seus pais para gerenciar seus contratos e, mesmo depois de adulta, precisava pedir dinheiro para despesas básicas, como ir à praia. O caso levantou um importante debate: até que ponto os pais podem controlar o dinheiro dos filhos? Segundo a advogada Ana Luisa Porto Borges, especialista em Direito Familiar, os pais têm o direito de administrar os recursos financeiros dos filhos, mas devem seguir regras que garantam a proteção do patrimônio dos menores.
A repercussão da história de Larissa impulsionou a criação da "Lei Larissa Manoela", aprovada recentemente na Câmara dos Deputados e que segue para o Senado. O projeto visa limitar o uso indevido do dinheiro de crianças e adolescentes por seus responsáveis, garantindo maior proteção financeira para jovens artistas e outros menores que gerem renda.

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