Senado aprova PL que obriga acusado de violência a usar tornozeleira
Agressores de mulheres poderão usar tornozeleira eletrônica e vítima será alertada de proximidade por dispositivo de segurança
O plenário do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (26), um projeto de lei que altera a Lei Maria da Penha para determinar o uso tornozeleira eletrônica por agressores durante a aplicação de medidas protetivas de urgência. A proposta tem como objetivo reforçar a segurança das vítimas de violência doméstica e permitir o monitoramento em tempo real dos acusados.
Com a nova regra, as autoridades poderão acompanhar a movimentação dos agressores, garantindo maior eficácia no cumprimento das medidas protetivas e reduzindo os riscos de descumprimento. Além disso, o uso do dispositivo possibilita que a vítima seja alertada caso o agressor se aproxime, oferecendo mais segurança e proteção.
Por ser um projeto de autoria da Câmara dos Deputados, já aprovado lá, o texto segue agora para sanção presidencial. O PL foi relatado no Senado por Leila Barros (PDT-DF). Inicialmente, o texto previa o alerta por meio de um aplicativo de celular, mas este ponto foi modificado por Leila. “É que muitas vítimas podem não ter um smartphone ou possuir aparelhos que não têm a capacidade técnica de operar o aplicativo de alerta. Além disso, na prática, o alerta de aproximação do agressor vem sendo feito por meio de dispositivo de segurança que emite sinal sonoro e de vibração, mostrando-se, dessa forma, uma solução tecnológica mais adequada”, pontuou a senadora.
O projeto também previa que o agressor tenha o direito de dirigir suspenso e o passaporte apreendido, mas a relatora considerou que as medidas “não oferecerem proteção efetiva à vítima, apesar de cercearem gravemente o direito de ir e vir do agressor”.
Fonte: Mariah Aquino - Metrólopes
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

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