O Conselho Pleno da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil aprova desagravo em favor de advogadas que denunciaram promotor
O Conselho Pleno da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) aprovou, nesta quinta-feira (20/3), um desagravo público em defesa das advogadas Kely Priscilla Gomes Freitas Brasil e Natália Tomas Ribeiro Bispo. A decisão foi tomada após as profissionais denunciarem ofensas proferidas pelo promotor de Justiça Bernardo de Urbano Resende.
O desagravo é um instrumento de defesa da advocacia contra violações de prerrogativas e tem como objetivo reafirmar o respeito e a dignidade da profissão. A medida reforça o compromisso da OAB-DF com a valorização das advogadas e advogados, garantindo que possam exercer seu trabalho sem intimidações ou desrespeito. A Seccional destacou a importância da atuação das advogadas e reafirmou que não tolerará condutas que atentem contra a dignidade da advocacia. O desagravo será realizado publicamente, conforme as diretrizes estabelecidas pela entidade.
O Conselho Pleno da OAB-DF recebeu uma representação por violação de prerrogativas contra o promotor de Justiça Bernardo de Urbano Resende, após ofensas dirigidas às advogadas Kely Priscilla Gomes Freitas Brasil e Natália Tomas Ribeiro Bispo. O episódio foi registrado em ata e denunciado à Seccional. Segundo as advogadas, o promotor tentou desqualificar seu trabalho perante os jurados, afirmando que “as advogadas de defesa ensinam o que é correto na faculdade, mas no Plenário pregam conceitos errados”. A relatora do caso, conselheira Larissa Rodrigues, considerou a conduta uma “inequívoca ofensa à liberdade profissional e à honra subjetiva” das profissionais.
Diante da gravidade do caso, a OAB-DF reforçou seu compromisso com a defesa das prerrogativas da advocacia, garantindo que ataques dessa natureza não sejam tolerados. O secretário-geral da OAB-DF, Rafael Martins, se manifestou sobre o caso envolvendo as advogadas Kely Priscilla Gomes Freitas Brasil e Natália Tomas Ribeiro Bispo, que denunciaram ofensas proferidas pelo promotor de Justiça Bernardo de Urbano Resende. Segundo Martins, “o mínimo que se espera de um promotor é que respeite o exercício da defesa e trate advogados com urbanidade. Infelizmente, este caso é de um transgressor reincidente”, afirmou.
Por meio de sua assessoria, Resende declarou que “não tem nenhum posicionamento a dar para o veículo”.
Promotor Já Havia Sido Alvo de Desagravo da OAB-DF por Ofensas e Ameaças em Plenário
O promotor de Justiça Bernardo de Urbano Resende já havia sido alvo de um desagravo público da OAB-DF em dezembro de 2023, após ofender o advogado Anderson Pinheiro da Costa durante um julgamento. Na ocasião, Resende proferiu ofensas homofóbicas, utilizando termos como “viado” e “gazelão”, além de ameaçar agredir fisicamente o advogado em plenário.
O histórico de condutas ofensivas do promotor reforça a preocupação da OAB-DF com o respeito às prerrogativas da advocacia. O novo episódio envolvendo as advogadas Kely Priscilla Gomes Freitas Brasil e Natália Tomas Ribeiro Bispo evidencia a reincidência de comportamentos incompatíveis com o exercício da função pública, motivo pelo qual a Seccional reiterou sua posição firme contra atitudes que desrespeitem a atuação da defesa e comprometam a urbanidade no ambiente jurídico.
Fonte: Metrópoles (Luiz Felipe Liazibra, Isadora Teixeira)

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